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Um dos primeiros objectivos ao estudar meteoritos é determinar a história e origem dos corpos que lhes deram origem. Diversas amostras de acondritos, encontradas na Antártida desde 1981, mostram conclusivamente que tiveram origem na Lua tendo como base semelhanças na composição das rochas lunares obtidas pelas missões Apollo de 1969-1972. A origem de outros meteoritos permanece sem comprovação, apesar de se suspeitar que um outro conjunto de oito acondritos terem a sua origem em Marte. Estes meteoritos contêm gases atmosféricos capturados em minerais fundidos que condizem com a composição da atmosfera marciana conforme medida pelas sondas Viking em 1976. Presume-se que todos os outros grupos tiveram origem em asteróides ou cometas; crê-se que a maioria dos meteoritos são fragmentos de asteróides.
Tipos de Meteoritos & Percentagem que Cai na Terra | |
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Os meteoritos são difíceis de classificar, mas os três maiores grupos são os rochosos, rochosos ferrosos e ferrosos. Os meteoritos mais comuns são os condritos, que são meteoritos rochosos. A datação radiométrica dos condritos localizou-os com a idade de 4.55 biliões de anos, que é a idade aproximada do sistema solar. São considerados exemplos prístinos de matéria do início do sistema solar, apesar de em muitos casos as suas propriedades se terem modificado por metamorfismo térmico ou alterações glaciais. Alguns meteoriticistas sugeriram que as diferentes propriedades encontradas em vários condritos sugerem a localização da sua formação. Condritos enstatitos contêm os elementos mais refractários e acredita-se que foram formados no interior do sistema solar. Condritos ordinários, que são o tipo mais comum contendo elementos tanto voláteis como oxidados, pensa-se terem sido formados na cintura de asteróides interior. Condritos carbonados, que têm a mais alta proporção de elementos voláteis e são os mais oxidados, pensa-se terem sido originados em distâncias ainda maiores do Sol. Cada uma destas classes pode ainda ser subdividida em grupos mais pequenos com propriedades distintas.
Outros tipos de meteoritos que foram geologicamente processados são acondritos, férreos e palasitos. Acondritos são também meteoritos rochosos, mas são considerados matéria diferenciada e reprocessada. São formados pela fusão e recristalização nos corpos que os originaram, ou entre eles; como resultado, os acondritos têm texturas distintas e mineralogia indicativa de processos ígneos. Palasitos são meteoritos rochosos ferrosos compostos por olivina incluída no metal. Meteoritos ferrosos são classificados em treze grupos maiores e consistem principalmente em ligas de ferro-níquel com pequenas quantidades de carbono, enxofre e fósforo. Estes meteoritos formaram-se quando o metal fundido segregado de silicatos menos densos e arrefecidos, mostrando outro tipo de fusão nos corpos que originaram os meteoritos. Assim, os meteoritos contêm evidências de alterações que ocorreram nos corpos de onde foram removidos ou partidos, presumivelmente por impactos.
O movimento dos meteoritos pode ser severamente perturbado pelos campos gravitacionais de planetas maiores. A influência gravitacional de Júpiter é capaz de modificar a órbita de um asteróide da cintura principal, de tal modo que ele mergulha no interior do sistema solar e atravessa a órbita da Terra. É este aparentemente o caso dos fragmentos de asteróides Apollo e Vesta.
Partículas encontradas em órbitas altamente correlacionadas são chamadas componentes de fluxo e as encontradas em órbitas aleatórias são chamadas de componentes esporádicos. Pensa-se que a maior parte dos fluxos de meteoros são formados pela decomposição de um núcleo de cometa e consequentemente são espalhados pela órbita original do cometa. Quando a órbita da Terra intercepta um fluxo de meteoro, a quantidade de meteoros é aumentada e resulta uma chuva de meteoros. Uma chuva de meteoros tipicamente dura vários dias. Uma chuva de meteoros particularmente intensa é chamada de tempestade de meteoros. Acredita-se que os meteoros esporádicos tiveram uma perca gradual de coerência orbital com uma chuva de meteoros devida a colisões e efeitos radioactivos, posteriormente aumentada por influências gravitacionais. Existe algum debate sobre os meteoros esporádicos e a sua relação com as chuvas de meteoros.
Fotografias de Meteoritos |
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Meteorito Condrito
Este meteorito foi colhido nas Colinas Allan Hills na Antarctida.
Meteoritos são pedaços de rocha que foram capturados pela gravidade de um
planeta e atraídos para a superfície. Este meteorito é do tipo chamado condrito,
e pensa-se que foi formado ao mesmo tempo que os planetas da nebulosa solar,
há cerca de 4.55 biliões de anos.
(Cortesia NASA/JPL)
Meteorito Acondrito
Descoberto no Pico Reckling, na Antarctida, este tipo de meteorito é conhecido por
acondrito. Tem uma composição basáltica
e foi provavelmente formado pela fusão de um asteróide há cerca de 4.5 biliões
de anos. O asteróide quebrou-se algum tempo depois e este pequeno fragmento
do asteróide foi capturado pela gravidade terrestre e caiu no solo.
(Cortesia NASA/JPL)
Meteorito Férreo
Este meteorito férreo foi encontrado no Pico Derrick, na Antarctida. Este tipo
de meteorito tem esse nome porque é principalmente formado pelos elementos
ferro e níquel. Esta amostra é provavelmente um pequeno fragmento do núcleo
de um asteróide grande que se partiu.
(Cortesia NASA/JPL)
Meteorito Marciano
Embora este meteorito tenha sido colhido em Elephant Moraine,
na Antárctida in 1979, alguns cientistas acreditam que provém do planeta Marte.
Os minerais encontrados nesta rocha são semelhantes aos que os cientistas esperam
encontrar em rochas de Marte. Este meteorito também contém vesículas, ou pequenas
bolsas, que contêm ar muito semelhante ao ar medido em Marte pela sonda Viking.
Este meteorito tem a idade de 180 milhões de anos.
(Cortesia NASA/JPL)
Um Meteorito Marciano
Este meteorito, denominado EETA 79001, foi encontrado no gelo na Antarctida,
e é muito provavelmente de Marte. Para comparação da escala, o cubo em baixo à
direita tem 1 centímetro de lado. O meteorito está parcialmente coberto por uma camada
vítrea preta, a crosta da fusão. A crosta da fusão forma-se quando o meteorito
entra na atmosfera terrestre em alta velocidade. A calor gerado pelo atrito funde
a parte exterior do meteorito. Por dentro, o meteorito é cinzento.
É um basalto, muito semelhante aos basaltos
encontrados em Terra. Formou-se numa erupção vulcânica há cerca de 180 milhões de anos.
Este meteorito é muito provavelmente de Marte porque contém uma pequena quantidade
de gás que é quimicamente idêntico à atmosfera marciana.
(Cortesia LPI)
Vista Microscópica de um Meteorito Marciano
As rochas são frequentemente compostas por grãos minerais pequenos que
não podem ser vistos claramente sem um microscópio. Para ver estes
pequenos grãos, os cientistas têm que moer e polir amostras muito finas
de rochas (0.03 milímetros) para a luz poder passar através delas.
Esta vista microscópica, com 2.3 milímetros (.09 polegadas) de lado,
está em cor falsa, produzida por filtros polarizadores colocados acima
e abaixo da lâmina do microscópio. Estes filtros provocam cores distintas em
minerais diferentes, permitindo a fácil identificação dos minerais.
A maior parte deste meteorito (em amarelo, verde, rosa e preto) é o mineral
olivina, que é comum em algumas rochas basálticas. O grão em faixas perto do
centro é o mineral piroxene.
(Cortesia Allan Treiman, LPI)
Meteorito Vesta
Assume-se que este meteorito é uma amostra da crusta do asteróide
Vesta, que é o terceiro objecto do sistema
solar além da Terra do qual os cientistas têm uma amostra em laboratório
(as outras amostras extraterrestres são de Marte e da Lua).
O meteorito é único porque é composto quase totalmente pelo mineral
piroxene, comum em correntes de lava. A estrutura granulosa do mineral
do meteorito indica também que já esteve liquefeito, e os seus isótopos
de oxigénio não são idênticos aos isótopos de oxigénio encontrados em
todas as outras rochas da Terra e da Lua. A identidade química do meteorito
aponta para o asteróide Vesta porque tem a mesma assinatura espectral única
do mineral piroxene.
A maior parte dos meteoritos identificados de Vesta estão ao cuidado do
Museu Australiano de Oeste (Western Australian Museum). Esta amostra com 1.4
libras (631 gr) vem dos Serviços Meteoríticos de New England (New England
Meteoritical Services). É uma amostra completa que mede
9.6 x 8.1 x 8.7 centímetros (3.7 x 3.1 x 3.4 polegadas),
mostrando a crusta de fusão, evidência do último estágio na sua viagem
para a Terra.
(Crédito da Foto: R. Kempton, New England Meteoritical Services)
Referências |
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Beatty, J. K. and A. Chaikin. The New Solar System. Massachusetts: Sky Publishing, 3rd Edition, 1990.
Maran, Stephen P. The Astronomy and Astrophysics Encyclopedia. New York: Van Nostrand Reinhold, pp. 430-445, 1992.
Seeds, Michael A. Horizons. Belmont, California: Wadsworth, 1995.
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