Tétis foi descoberto por Giovanni Cassini em 1684. É um corpo gelado semelhante na natureza a Dione e aRea. A densidade de Tétis é 1.21gm/cm3, indicando que é composto quase totalmente por água gelada. A superfície gelada de Tétis está intensamente crivada de crateras e contém gretas causadas porfalhas no gelo. O terreno é composto por regiões com muitas crateras, com uma cintura escura com poucas crateras que se estende ao longo do satélite. As poucas crateras indicam que Tétis já foi internamente activa, provocando a reformação da superfície em partes do terreno antigo. A causa exacta da cintura escura é desconhecida, mas conseguiu-se uma interpretação possível das imagens recentes da Galileo das luas de Júpiter, Ganímedes e Calisto. Ambos os satélites mostram calotes polares feitas de depósitos de gelo brilhante nas encostas das crateras viradas para os polos. A distância, as calotes parecem mais brilhantes devido à névoa provocada por milhares de pedaços de gelo nas crateras mais pequenas. A superfície de Tétis pode ter sido formada num modo semelhante, consistindo de calotes polares com pedaços de gelo brilhantes com uma zona mais escura no meio.
Há uma enormetrincheira em Tétis, chamada Ithaca Chasma com cerca de 65 quilómetros (40 milhas) de largura e vários quilómetros de profundidade. Cobre três quartos da circunferência de Tétis. Afissura tem aproximadamente a dimensão que os cientistas tinham previsto para o caso de Tétis ter sido fluido e a crusta endurecido antes do interior. Outra formação proeminente é uma enorme bacia de impacto com 400 quilómetros chamada Odysseus. A cicatriz do impacto estende-se por mais de dois quintos do satélite com um diâmetro ligeiramente maior do que a lua de Saturno Mimas. Quando Odysseus foi criada, a cratera deve ter sido profunda com uma cordilheira montanhosa elevada e um pico central alto. Ao longo do tempo, o chão da cratera adaptou-se à forma esférica da superfície de Tétis, e o anel da cratera e o pico central colapsaram. A temperatura à superfície de Tétis é de -187°C (-305° F).
Animação de Tétis |
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Vistas de Tétis |
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Tétis
Esta vista de Tétis foi obtida pela Voyager 2 em 26 de Agosto de 1981 de uma distância de 282,000
quilómetros (175,000 milhas).É a imagem mais completa obtida pela sonda Voyager. Uma enorme
trincheira chamada Chasma Ithaca estende-se do lado
esquerdo desta imagem até ao centro em cima.
A fissura tem cerca de 65 quilómetros (40 milhas) de largura,
vários quilómetros de profundidade, e estende-se por três quartos da circunferência de Tétis.
A imagem também mostra dois tipos de terreno um dos quais está crivado de crateras (em cima)
e o outro tem menos crateras (em baixo).
Ambas as luas de Saturno Dione
e Rea mostram limites semelhantes.
Menos densidade de crateras indica que a região já foi internamente activa, causando
uma reformação parcial do terreno antigo.
(Copyright Calvin J. Hamilton)
Imagem Colorida revela uma cintura escura em Tétis
Esta é a melhor imagem colorida de Tétis obtida pela sonda espacial Voyager 1.
Foi produzida combinando três imagens obtidas com filtros laranja, verde e azul.
A cor e o contraste da imagem da direita foram melhorados para salientar a
cintura escura que se estende pelo satélite.
A causa exacta da cintura escura é desconhecida, mas uma explicação possível vem das imagens recentes da Galileo das luas de Júpiter Ganímedes e Calisto. Ambos os satélites mostram calotes polares feitas de depósitos de gelo brilhante nas encostas das crateras viradas para os polos. A distância, as calotes parecem mais brilhantes devido à névoa provocada por milhares de pedaços de gelo nas crateras mais pequenas. A cintura escura de Tétis pode ter sido formada num modo semelhante, consistindo de calotes polares com pedaços de gelo brilhantes com uma zona mais escura no meio.
Outra formação notável é o terreno brilhante ao longo do limbo no canto superior esquerdo
da imagem. É uma secção da gigantesca bacia de impacto Odysseus e mostra o facto de que a cratera
deve ter sido formada quando o gelo ainda estava relativamente quente e macio. A cratera
não mostra cavidades profundas características de crateras formadas em gelo frio ou rocha.
(Copyright: Calvin J. Hamilton)
Imagem de Muito Alta Resolução de Tétis
Esta é a imagem de mais alta resolução obtida pela
nave espacial Voyager 2 em 26 de Agosto de 1981 de uma distância de 120,000 quilómetros (74,500 milhas).
As formações visíveis mais pequenas têm cerca de 2.2 quilómetros (1.4 milhas) de largura.
A imagem deveria fazer parte de um mosaico global de alta
resolução, mas por causa de problemas com a plataforma de
pesquisa, a Voyager falhou e só conseguiu fotografar o canto de
Tétis. A imagem mostra uma secção de terreno crivado
de crateras. A baixa densidade de Tétis indica que é composto
principalmente por água gelada.
(Copyright Calvin J. Hamilton)
Bacia Odysseus
No início da história de Tétis, ocorreu
um impacto que formou uma enorme bacia de impacto de 400
quilómetros denominada Odysseus. A marca do impacto espalhou-se
por mais de dois quintos do satélite com um diâmetro pouco
maior do que a lua de Saturno Mimas. Quando a
Odysseus foi criada, a cratera deve ter sido profunda com uma borda de altas
montanhas à volta de um pico central. Ao longo dos tempos o solo
interior da cratera adaptou-se à forma esférica da
supefície de Tétis, e as bordas da cratera, tal como o pico
central, sofreram um colapso. (Nota-se o mesmo efeito nas luas de
Júpiter Calisto e
Ganímedes.) No momento do
impacto de Odysseus, Tétis deve ter sido suficientemente quente e maleável
para permitir o colapso da topografia. O interior de Tétis deve ter sido
líquido. Se Tétis fosse mais fria no
momento do impacto, a lua poderia ter sido despedaçada. Se sobreviveu
ao impacto, a topografia da cratera deve ter ficado com uma forma semelhante
à cratera Herschel de Mimas.
A nave espacial Voyager 2 adquiriu esta imagem em 25 de Agosto de 1981 de
uma distância de 826,000 quilómetros. O extremo direito
não apareceu no sistema de imagem da Voyager.
(Copyright 1999 por Calvin J. Hamilton)
Perfil da Cratera Odysseus
Esta imagem mostra uma bonita vista de perfil da cratera de impacto gigante Odysseus
(limbo inferior direito). Por Tétis ser quente quando
ocorreu o impacto, o chão da cratera adaptou-se à
forma esférica da superfície de Tétis, e as bordas da
cratera, tal como o pico central, colapsaram. Nota-se em
direcção ao limbo superior direito uma porção da
imensa trincheira Ithaca Chasma.
A nave espacial Voyager 2 obteve esta imagem em 25 de Agosto de 1981 de uma distância de
680,000 quilómetros (420,000 milhas).
(Copyright 1999 por Calvin J. Hamilton)
Imagem Colorida da Cratera Odysseus
Esta imagem colorida mostra outra vista da bacia de impacto Odysseus.
Foi obtida pela nave espacial Voyager 2 de uma distância de 1.1 milhões
de quilómetros (670,000 milhas).
(Copyright 1999 por Calvin J. Hamilton)
Composição Colorida de Tétis
Esta vista de Tétis é uma composição colorida de três imagens
obtidas pela Voyager 2 em 25 de Agosto de 1981 de uma distância de
594,000 quilómetros (368,000 milhas).
Ithaca Chasma, um enorme desfiladeiro com 65 quilómetros
(40 milhas) de largura e vários quilómetros de profundidade,
segue paralelo ao terminador à direita.
(Copyright: Calvin J. Hamilton)
Mapa Mercator de Tétis
Esta imagem é um mapa mercator de Tétis. Foi criado a partir de imagens obtidas pela nave espacial
Voyager 2. Este mapa cobre a região entre -70° e 70° de
latitude.
(A. Tayfun Oner)
Mapa do Polo Norte de Tétis
Esta imagem é um mapa da projecção estereográfica do polo norte de Tétis.
Cobre as latitudes de 65 a 90 graus e foi criada a partir de imagens obtidas pela nave espacial
Voyager 2.
(A. Tayfun Oner)
Mapa do Polo Sul de Tétis
Esta imagem é um mapa da projecção estereográfica do polo sul de Tétis.
Cobre as latitudes de 65 a 90 graus e foi criada a partir de imagens obtidas pela nave espacial
Voyager 2.
(A. Tayfun Oner)
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