Dar um novo passo... é o que as pessoas mais temem. - Dostoyevski
Ganímedes é a maior lua de Júpiter e é a maior no nosso sistema solar, com um diâmetro de 5,262 km (3,280 milhas). Se Ganímedes orbitasse o Sol em vez de Júpiter, poderia ser classificado como um planeta. Tal como Calisto, Ganímedes é principalmente composto por um núcleo rochoso com um manto de água/gelo e uma crusta de rocha e gelo. A sua baixa densidade de 1.94 gm/cm3, indica que o núcleo ocupa cerca de 50% do diâmetro do satélite. O manto de Ganímedes é provavelmente composto por gelo e silicatos, e a crusta é provavelmente uma camada espessa de água congelada.
Ganímedes não tem atmosfera conhecida, mas recentemente o Telescópio Espacial Hubble detectou ozono na superfície. A quantidade de ozono é pequena comparada com a da Terra. É produzida quando as partículas carregadas são capturadas pelo campo magnético de Júpiter e caem na superfície de Ganímedes. À medida que as partículas carregadas penetram na superfície gelada, as partículas de água são rompidas, produzindo o ozono. O processo químico indica que Ganímedes provavelmente tem uma atmosfera de oxigénio fine e ténue idêntica à detectada em Europa.
Ganímedes teve uma história geológica complexa. Tem montanhas, vales, crateras e correntes de lava. Ganímedes está manchada por regiões claras e escuras. Apresenta um grande número de crateras, especialmente nas regiões escuras, o que mostra uma origem antiga. As regiões brilhantes mostram uma espécie de terreno diferente - está sulcado por gargantas e cordilheiras. Estas formações formam padrões complexos e têm um relevo vertical com poucas centenas de metros e uma extensão de milhares de quilómetros. Estas formações foram aparentemente formadas mais recentemente do que as áreas escuras com crateras talvez devido às tensões dos processos tectónicos globais. A verdadeira razão é desconhecida; no entanto, parece ter havido uma expansão da crusta o que causou a sua rotura e separação.
Animações de Ganímedes |
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Vistas de Ganímedes |
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Ver também: Imagens de Mapa de Ganímedes
Ganímedes
Esta imagem mostra um hemisfério inteiro de Ganímedes. A região escura saliente,
chamada Galileo Regio, tem cerca de 3,200 km de diâmetro. As manchas brilhantes
são crateras de impacto relativamente recentes. Parte da Galileo Regio pode estar
coberta por gelo brilhante.
(Copyright: Calvin J. Hamilton)
O Interior de Ganímedes
As imagens da Voyager foram usadas para criar uma vista global de
Ganímedes. O corte revela a estrutura interior desta lua gelada.
Esta estrutura consiste em quatro camadas baseadas em medidas do campo
gravitacional de Ganímedes e análises teóricas com base na massa, dimensão e densidade
conhecidas de Ganímedes A superfície de Ganímedes é rica em água gelada e as imagens
da Voyager e da Galileo mostram formações que são evidência de rupturas geológicas
e tectónicas da superfície, no passado. Tal como na Terra,
estas formações geológicas reflectem forças e processos nas profundezas de Ganímedes.
Baseado em modelos geoquímicos e geofísicos, os cientistas supõem que o interior de
Ganímedes consiste de: a) uma mistura indiferenciada de rocha e gelo ou
b) uma estrutura diferenciada com um grande 'núcleo' de tamanho lunar de rocha e
possivelmente ferro rodeado por uma espessa camada de gelo macio quente coberto por
uma crusta fina mais fria e rígida. As medições do campo gravitacional de Ganímedes
obtidas pela Galileo durante o primeiro e o segundo encontros com esta imensa lua
foram basicamente confirmar o modelo diferenciado e permitir que os cientistas
calculem a dimensão destas camadas com mais precisão.
Além disso, os dados sugerem que existe um núcleo denso metálico no centro do
núcleo rochoso. Este núcleo metálico sugere um grau de aquecimento maior algures no
passado de Ganímedes do que tinha sido proposto e pode ser a origem do campo
magnético de Ganímedes descoberto pela experiências espaciais físicas da Galileo.
(Copyright 1999 by Calvin J. Hamilton)
A Sul de Galileo Regio
Esta imagem do sul de Galileo Regio mostra crateras de impacto em vários estágios
de degradação. Quase todas as crateras parecem planas. As duas crateras salientes
de cor clara foram quase completamente apagadas pelo fluxo de na crusta gelada.
(Copyright: Calvin J. Hamilton)
Cratera de Impacto
Este mosaico de imagens de alta resolução de Ganímedes mostra uma bacia de
impacto relativamente recente rodeada por
material ejectado.
(Copyright: Calvin J. Hamilton)
Crateras, Faixas Claras e Escuras
Esta imagem de Ganímedes foi obtida pela Voyager 1,
a 246,000 quilómetros (158,000 milhas) do planeta.
O centro da figura é a 19° de latitude sul e 356° de longitude,
e a dimensão da figura representa uma distância de cerca de 1000 quilómetros
(600 milhas) na superfície. As formações mais pequenas vistas nesta figura
têm cerca de 2.5 quilómetros (1.5 milhas). A superfície mostra numerosas
crateras de impacto, muitas das quais têm sistemas de raios brilhantes extensos.
As crateras de sistemas de raios provavelmente são mais velhas do que as
que mostram raios. Faixas brilhantes atravessam a superfície em várias
direcções e estas faixas brilhantes contêm um intrincado sistema de linhas
alternadas claras e escuras que podem representar deformações da camada
de gelo da crusta. Estas linhas são particularmente evidentes perto do topo
da figura. Uma faixa brilhante na direcção norte-sul na parte abaixo à esquerda
da figura é paralela a outra linha brilhante. O afastamento entre elas é
provavelmente devido a uma falha. Duas áreas circulares claras no centro superior
direito da figura podem ser as cicatrizes de crateras de impacto antigas que tiveram
a sua expansão topográfica apagada pelo fluxo de cristas gelados.
(Copyright de Imagem Calvin J. Hamilton)
Imagem de Crescente de Ganímedes
Esta bela imagem de crescente de Ganímedes foi obtida pela
Voyager 1 em 6 de Março de 1979.
(Copyright Calvin J. Hamilton)
Mapa da Temperatura de Ganímedes
Esta mapa mostra as temperaturas da maior parte da superfície de
Ganímedes. Foi realizado a partir de dados obtidos pelo
Fotopolarómetro/Radiómetro (PPR) em 26 de Junho de 1996,
quando a Galileo se aproximou do lado iluminado da lua.
A barra de cores mostra a faixa de temperaturas destes dados, representando
o vermelho escuro o mais frio e o branco o mais quente.
Este é semelhante aos mapas de previsão de temperaturas que se podem ver
nas notícias da tarde ou em alguns jornais. As diferenças entre
este mapa e um da Terra é que o PPR mede a temperatura na superfície
(o solo), em vez da temperatura do ar. Ganímedes é muito mais frio do que a
Terra, com as temperaturas de dia variando à superfície de 90 a 160 Kelvin
(ou -297 a -171 graus Fahrenheit). Júpiter e as suas luas recebem menos de
1/30 do total da luz solar em relação à Terra, e Ganímedes praticamente não
tem atmosfera para reter o calor. O dia de Ganímedes dura pouco mais de 7 dias
da Terra, o mesmo tempo que demora a orbitar Júpiter uma vez.
(Cortesia NASA/JPL)
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