Tritão é a maior lua de Neptuno, com um diâmetro de 2,700 quilómetros (1,680 milhas). Foi descoberto porWilliam Lassell, um astrónomo inglês, em 10 de Outubro de 1846, apenas um mês depois de Neptuno ter sido descoberto. Tritão é mais frio do que qualquer outro objecto já medido no Sistema Solar, com uma temperatura à superfície de -235° C (-391° F). Tem uma atmosfera extremamente fina. Partículas de gelo de nitrogénio podem formar nuvens finas poucos quilómetros acima da superfície. A pressão atmosférica em Tritão é de cerca de 15 microbars, 0.000015 vezes a pressão à superfície do mar, na Terra.
Tritão é o único grande satélite no sistema solar a orbitar o planeta na direcção retrógrada -- numa direcção oposta à rotação do planeta. Tem também uma densidade de cerca de 2.066 gramas por centímetro cúbico (a densidade da água é 1.0 grama por centímetro cúbico). Isto significa que Tritão contém mais rochas no seu interior do que os satélites gelados de Saturno e de Úrano. A densidade relativamente alta e a órbita retrógrada levaram a que alguns cientistas sugerissem que Tritão pode ter sido capturado por Neptuno enquanto este viajava pelo espaço há vários biliões de anos. Se foi isto realmente o que aconteceu, o aquecimento por marés pode ter fundido Tritão na sua órbita originalmente excêntrica, e o satélite pode ter sido líquido durante um bilião de anos após a sua captura por Neptuno.
Tritão está cheio de fendas enormes. As imagens da Voyager 2 mostram erupções tipo geyser activas que espalham nitrogénio gasoso e partículas escuras de poeira por vários quilómetros na atmosfera.
Animações de Tritão |
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Vistas de Tritão |
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Ver também: Imagens do Mapa de Tritão.
Tritão
A Voyager 2 obteve esta imagem colorida do grande satélite de Neptuno, Tritão, durante a sua aproximação em 25 de Agosto de 1989. A grande calote do polo sul na base da imagem é muito reflectiva e de cor ligeiramente rosa; pode consistir numa camada de nitrogénio gelado que se evapora lentamente, depositado durante o inverno anterior. Do limite irregular da calote polar para norte, a superfície do satélite é geralmente mais escura e de cor mais avermelhada. Esta cor pode ser produzida pela acção da luz ultravioleta e pela acção da radiação da magnetosfera sobre o metano na atmosfera e na superfície. Atravessando esta região escura, aproximadamente paralelo ao limite da calote polar, está uma banda de matéria branca brilhante que é de cor quase azulada. No entanto, a topografia abaixo desta faixa brilhante é semelhante à das regiões mais escuras e avermelhadas que a rodeiam.
(Cortesia NASA/JPL)
Nuvens Ténues em Tritão
Esta imagem de Tritão mostra uma fina camada de nuvens ao longo do
limbo da lua. A imagem foi obtida quando a Voyager 2 passou por Tritão
a uma velocidade de 27 quilómetros por segundo a 39,800
quilómetros de distância. A Voyager descobriu que Tritão
possui uma fina atmosfera de 15 microbars ou 0.000015 vezes a pressão
à superfície da Terra ao nível do mar. O limbo de
Tritão também mostra uma névoa suave a cerca de
13 quilómetros da superfície do planeta e pequenas
formações de nuvens conforme mostrado nesta imagem.
(Copyright por Calvin J. Hamilton)
Tritão
Esta imagem é uma vista global ortográfica de Tritão centrada em -40° de latitude e 0° de longitude. Foi criada a partir de imagens obtidas pela sonda Voyager 2.
(Cortesia A. Tayfun Oner)
Hemisfério Sul de Tritão
Esta imagem é uma projecção polar estereográfica do hemisfério sul de Tritão. A longitude de zero graus é no cimo da imagem.
(Cortesia A. Tayfun Oner)
Polo Sul de Tritão
Esta imagem de Tritão em alta resolução foi obtida pela Voyager 2 em 25 de Agosto de 1989. Mostra a calote do polo sul desta lua. Um dos invulgares aspectos desta imagem são as faixas escuras. Talvez tenham sido formadas de erupções de nitrogénio tipo geyser. As erupções geyser podem ter transportado matéria mais escura da crusta. As regiões claras provavelmente consistem em camadas de nitrogénio.
(Crédito: Calvin J. Hamilton)
Planície de Gelo
Esta vista de Tritão mostra uma planície de gelo. Provavelmente foi formada de erupções de água ou de mistura de água e amónia. Parece preencher os restos de uma antiga bacia de impacto.
(Crédito: Calvin J. Hamilton)
Tritão em 3D
Esta é uma perspectiva gerada por computador de uma das depressões tipo caldeira de Tritão, como seria vista de nordeste. A imagem foi obtida em 24 de Agosto de 1989, quando a sonda Voyager estava a cerca de 181,800 quilómetros (112,900 milhas) de Tritão. O solo interior da caldeira mostrada nesta imagem tem aproximadamente 200 quilómetros (120 milhas) de diâmetro. É extremamente plana e provavelmente foi formada por uma erupção vulcânica de lava de gelo de viscosidade muito baixa. Um "banco" visível em primeiro plano pode ser resultante de um preenchimento mais antigo até um nível de cerca de 200 metros (600 pés) acima do solo actual da caldeira.
(Cortesia NASA/JPL)
Superfície de Tritão
Esta é uma das vistas mais detalhadas da superfície de Tritão obtida pela Voyager 2 quando esta sobrevoou o grande satélite de Neptuno no início da manhã de 25 de Agosto de 1989. A fotografia foi obtida de uma distância de 40,000 quilómetros (25,000 milhas), e a imagem tem cerca de 220 quilómetros (140 milhas) de lado e mostra detalhes até 750 metros (0.5 milhas). Uma grande parte da área está coberta por uma paisagem peculiar de depressões aproximadamente circulares separadas por cordilheiras agudas. Este tipo de terreno, que cobre grandes porções do hemisfério norte de Tritão, é diferente de qualquer outro visto em todo o Sistema Solar. As depressões não são provavelmente crateras de impacto: São muito semelhantes em dimensão e espaçadas muito regularmente. A sua origem é ainda desconhecida, mas pode ter envolvido uma fusão local e colapso da superfície de gelo. Um conjunto distinto de fendas e sulcos atravessa a paisagem, indicando fractura e deformação da superfície de Tritão. A quase ausência de crateras de impacto sugere uma superfície jovem, comparando com o habitual do Sistema Solar, provavelmente com menos de poucos biliões de anos de idade.
(Cortesia NASA/JPL)
Áreas Escuras em Tritão
A Voyager 2 adquiriu esta imagem em preto e branco de Tritão durante a noite de 24 a 25 de Agosto de 1989. O limbo de Tritão oblíquo corta a imagem a meio. A superfície mostrada tem cerca de 1,000 km (600 milhas) de lado. Três áreas escuras irregulares, rodeadas por matéria brilhante, dominam a imagem. Matéria num nível mais baixo com albedo intermédio ocupa a área central, e aparecem crateras mais recentes ao longo da margem direita. Um alinhamento sub-paralelo de faixas lineares de material escuro vistas na parte inferior esquerda da imagem sugere que estas faixas são controladas estruturalmente.
(Cortesia NASA/JPL)
Imagens de Tritão Após o Encontro
Este conjunto de imagens mostra as melhores vistas de Tritão, a lua de Neptuno, obtidas pela Voyager 2 quando a nave espacial se afastava do sistema de Neptuno em 25 de Agosto de 1989. As quatro imagens de cima foram criadas a partir de diversas imagens de faixas coloridas enquanto a Voyager se afastava de Tritão.
(Cortesia Ted Stryk)
Montagem de Neptuno e Tritão
Esta montagem gerada por computador mostra Neptuno tal como seria visto de uma sonda que se aproximasse de Tritão. A calote polar sul de Tritão, erodida pelo vento e pela sublimação, é vista na base da imagem de Tritão, um terreno criovulcânico em cima à direita e um enigmático terreno cantaloupe em cima à esquerda. A superfície de Tritão é principalmente coberta por nitrogénio congelado misturado com traços de metano condensado, dióxido de carbono e monóxido de carbono. A ténue atmosfera de Tritão, apesar de ter apenas cerca de um centésimo de um por cento da densidade da atmosfera terrestre à superfície, é suficientemente espessa para produzir faixas depositadas pelo vento de matéria escura e brilhante de composição desconhecida na região do polo sul. A calote do polo sul estava em processo de sublimação durante a passagem da Voyager 2, conforme o mostra a aparência irregular e erodida do limite da calote. Os gelos polares estavam em sublimação porque o movimento orbital e rotacional de Tritão causa a exposição directa da calote polar à luz do Sol durante um período de diversas décadas durante o longo verão austral de Neptuno e de Tritão. Apesar da calote polar estar a desaparecer devido ao calor, as temperaturas à superfície eram apenas de cerca de 38 K (-391 graus Farenheit).
(Cortesia NASA/JPL)
Neptuno no Horizonte de Tritão
Vista composta que mostra Neptuno no horizonte de Tritão. O polo sul de Neptuno está à esquerda; claramente visível no hemisfério sul do planeta está a Grande Mancha Escura, uma grande tempestade anticiclónica localizada a cerca de 20 graus sul. Em primeiro plano está uma vista gerada por computador dos mares de Tritão como seriam vistos de um ponto aproximadamente 45 km acima da superfície. Os terraços visíveis nesta imagem indicam múltiplos episódios de preenchimento 'criovulcânico'. Esta vista tridimensional foi criada de uma imagem obtida pela Voyager usando um modelo bidimensional fotoclinométrico. O relevo foi exagerado grosseiramente, sendo o verdadeiro relevo de cerca de 1 km. Neptuno está representado em nascente ou em poente? Nem um nem outro. Devido ao movimento de Tritão relativo a Neptuno, mover-se-ía lateralmente ao longo do horizonte, eventualmente levantando ou baixando a altas latitudes.
(Cortesia NASA/JPL)