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Naves Espaciais Automatizadas

Obtido do resumo de informações da NASA/JPL "O Nosso Sistema Solar num Olhar".



 

As naves espaciais automatizadas da Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (National Aeronautics and Space Administration - NASA) chegam em muitas formas e tamanhos. Enquanto são desenhadas para corresponder a objectivos de missões separadas e específicas, as naves têm muito em comum.

Cada nave espacial consiste em vários instrumentos científicos seleccionados para uma missão particular, suportados por subsistemas básicos para a energia eléctrica, controle da trajectória e da orientação, bem como para processamento de dados e comunicação com a Terra.

A energia eléctrica é necessária para operar os instrumentos e os sistemas da nave espacial. A NASA usa tanto a energia solar obtida por filas de células fotovoltaicas como pequenos geradores nucleares para alimentar as suas missões no sistema solar. Baterias recarregáveis são empregues para o caso de falhas e para energia suplementar.

Imagine que uma nave espacial viajou com sucesso pelo espaço durante milhões de milhas, mas ao chegar próximo de um planeta tem as câmaras e os restantes instrumentos apontados para o lado errado enquanto passa a toda a velocidade pelo alvo! Para ajudar a evitar um erro destes, é usado um subsistema de pequenos aceleradores para controlar a nave espacial.

Os aceleradores estão ligados a aparelhos que mantêm um olhar fixo em estrelas seleccionadas. Tal como os primeiros navegantes terrestres usavam as estrelas para navegar pelos oceanos, as naves espaciais usam as estrelas para manterem o seu rumo no espaço. Com o subsistema bloqueado em pontos fixos de referência, os controladores de vôo podem manter os instrumentos científicos de uma nave espacial apontados para um corpo alvo e as antenas de comunicação apontadas directamente para Terra. Os aceleradores também podem ser usados para definir mais pormenorizadamente o rumo de vôo e a velocidade da nave espacial para garantir que o corpo alvo é encontrado na distância planeada e na trajectória devida.

Entre 1959 e 1971, as naves espaciais da NASA foram enviadas para estudar a Lua e o ambiente solar; também pesquisaram os planetas interiores além da Terra --Mercúrio, Vénus e Marte. Estes três mundos, e o nosso, são conhecidos por planetas terrestres porque têm a mesma composição de rochas sólidas.

Para as primeiras missões de reconhecimento planetário, a NASA empregou uma série de naves espaciais que obtiveram grande sucesso, chamadas Mariner. Estes vôos ajudaram a planificar as missões seguintes. Entre 1962 e 1975, sete missões Mariner conduziram as primeiras vistas sobre os nossos vizinhos planetários no espaço.

Todas as Mariner usaram painéis solares como principais fontes de energia. A primeira e a última versões da nave espacial tinham duas asas cobertas com células fotovoltáicas. Outras Mariner eram equipadas com quatro painéis que se estendiam dos seus corpos octogonais.

Apesar das Mariner variarem da sonda Mariner 2 para Vénus, que pesava 203 quilogramas (447 libras), até à Orbital de Marte Mariner 9, que pesava 974 quilogramas (2,147 libras), o seu desenho base mantinha-se semelhante ao longo do programa. A sonda Mariner 5 para Vénus, por exemplo, era originalmente uma sonda de apoio para o vôo por Marte da Mariner 4. A sonda Mariner 10 enviada para Vénus e para Mercúrio usou componentes deixados do programa da Orbital de Marte Mariner 9.

Em 1972, a NASA lançou a Pioneer 10, um sonda para Júpiter. O interesse deslocava-se para os quatro planetas exteriores --Júpiter, Saturno,Úrano eNeptuno -- bolas gigantes de gás denso muito diferentes dos mundos terrestres que já tinhamos observado.

No total, quatro sondas da NASA -- duas Pioneer e duasVoyager -- foram enviadas nos anos 1970 para percorrer as regiões exteriores do nosso sistema solar. Por causa das distâncias envolvidas, estes viajantes demoraram qualquer coisa entre 20 meses e 12 anos para atingirem os seus destinos. Excluindo sondas mais rápidas, eventualmente tornar-se-iam nos primeiros objectos humanos a viajarem até às estrelas distantes. Por motivo de a luz do Sol ser tão fraca no sistema solar exterior, estes viajantes não usam a luz solar mas operam com energia eléctrica gerada pelo calor do decaimento de radioisótopos.

A NASA também criou naves espaciais altamente especializadas para revisitar os nossos vizinhos Marte e Vénus no meio e final dos anos 1970. Módulos de poiso gémeos Viking foram equipados para servir como estações sísmicas e de tempo e como laboratórios de biologia. Duas orbitais avançadas -- descendentes da nave Mariner -- transportaram os módulos Viking da Terra e estudaram as formações marcianas.

Duas sondas Pioneer em forma de tambor visitaram Vénus em 1978. A sonda orbital Pioneer Vénus foi equipada com um radar que permitia "ver" através da densa coberta de núvens do planeta para estudar as formações da superfície. A Microsonda Pioneer Vénus transportou quatro sondas que foram largadas através das núvens. As sondas e o corpo principal -- todos contendo instrumentos científicos -- enviaram informações por rádio sobre a atmosfera do planeta durante a sua descida em direcção à superfície.

Uma nova geração de sondas automatizadas -- incluindo Magalhães,Galileu, Ulisses, Observador de Marte e Cassini -- está a ser desenvolvida e enviada para o sistema solar para fazer exames detalhados que aumentem o nosso conhecimento da nossa vizinhança e do nosso planeta.

 

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Traduzido para português por Fernando Dias, e-mail: vss@netcabo.pt.