Início Índice Geral Novidades Índice de Imagens Copyright

Miranda
Úrano V

One might have thought that Nature lived hard
by and was brewing on a large scale.
-Dickens



 

Miranda não é um dos maiores satélites de Úrano; no entanto, foi aquele de que a Voyager 2 mais se aproximou. Não era este o satélite de que os cientistas teriam preferido para mais se aproximarem se pudessem escolher, mas não tinham escolha. Voyager 2 teve que se aproximar do planeta para ter o impulso necessário para se aproximar de Neptuno. A resolução com que os grandes satélites foram fotografados é de cerca de 2 a 3 quilómetros (1.2 a 1.9 milhas). Por outro lado, podem ser vistos em Miranda detalhes na ordem de poucas centenas de metros. Felizmente, Miranda tornou-se o mais notório de todos os satélites.

Miranda é um pequeno satélite com um diâmetro de 470 quilómetros (290 milhas). A superfície é diferente de qualquer outra no sistema solar com formações que se entrecruzam numa forma aleatória. Miranda consiste em grandes desfiladeiros de falhas que têm até 20 quilómetros (12 milhas) de profundidade, camadas em terraços e uma mistura de superfícies jovens e antigas. As regiões mais jovens podem ter sido produzidas por uma diferenciação incompleta da lua, um processo pelo qual a matéria mais leve derivada do interior formou a superfície em áreas limitadas. Segundo outra teoria, os cientistas acreditam que Miranda pode ter sido desfeita quase cinco vezes durante a sua evolução. Depois de cada vez, a lua pode ter sido recriada dos pedaços que restaram dela própria, ficando partes do núcleo expostas e partes da superfície enterradas. O aspecto de Miranda pode ser explicado por teorias, mas a verdadeira razão ainda é desconhecida.

Dada a pequena dimensão e a baixa temperatura de Miranda (-187° C ou -335° F), o grau e diversidade da actividade tectónica desta lua surpreendeu os cientistas. Acredita-se que uma fonte adicional de calor deve estar envolvida, tal como o aquecimento por marés causado pela atracção gravitacional de Úrano. Além disso, algo deve ter provocado o fluxo de matéria gelada a baixas temperaturas.

Miranda recebeu o seu nome da filha do mágico Próspero na peça de Shakespeare A Tempestade.

Estatísticas de Miranda
 Descoberto porGerard Kuiper 
 Data da descoberta1948 
 Massa (kg)6.33e+19 
 Massa (Terra = 1)1.0592e-05 
 Raio equatorial (km)235.8 
 Raio equatorial (Terra = 1)3.6971e-02 
 Densidade média (gm/cm^3)1.15 
 Distância média de Úrano (km)129,780 
 Período de rotação (dias)1.413479 
 Período orbital (dias)1.413479 
 Velocidade média orbital (km/seg)6.68 
 Excentricidade orbital0.0027 
 Inclinação orbital (graus)4.22 
 Velocidade de escape (km/seg)0.189 
 Albedo visual geométrico0.27 
 Magnitude (Vo)16.3 
 Temperatura média à superfície-187°C 

Animação de Miranda

Vistas de Miranda



Miranda - Foto Colorida
Esta composição colorida do satélite de Úrano, Miranda, foi obtida pela Voyager 2 em 24 de Janeiro de 1986, de uma distância de 147,000 quilómetros (91,000 milhas). Notam-se bastante bem as diferentes proveniências geológicas das diversas regiões de Miranda, nesta vista do hemisfério sul, com uma resolução de 2.7 quilómetros (1.7 milhas). As região de bandas escuras e brilhantes com os seus traços curvilíneos, cobrem cerca de metade da imagem. Imagens em maior resolução obtidas mais tarde mostram muitos vales e cordilheiras de falhas paralelas a estas bandas. Próximo do terminador (à direita), outro sistema de cordilheiras e vales confina com o terreno de bandas; muitas crateras de impacto marcam a superfície nesta região. A maior delas tem cerca de 30 quilómetros (20 milhas) de diâmetro; muitas outras têm entre 5 e 10 quilómetros (3 e 6 milhas) de diâmetro. (Cortesia NASA/JPL)

Imagem Ortográfica de Miranda
Esta foto representa uma imagem ortográfica de Miranda centrada no polo sul. Zero graus de longitude, que é a longitude central do lado vira para Úrano, é em baixo. A imagem foi criada por computador a partir de imagens obtidas em 24 de Janeiro de 1986, pela sonda Voyager 2. Miranda é o mais interior e mais pequeno dos cinco maiores satélites de Úrano, com apenas 480 quilómetros (cerca de 300 milhas) de diâmetro. Esta imagem é uma vista do polo sul da lua mostrando as regiões das diversas proveniências geológicas de Miranda. A superfície da lua consiste de dois tipos de terreno muito diferentes. Um é antigo, com muitas crateras, um terreno com um albedo ou reflectividade relativamente uniforme. O outro é um terreno jovem e complexo, caracterizado por conjuntos de bandas escuras e brilhantes, escarpas e cordilheiras. Estas são formações encontradas nas regiões ovóides à direita e à esquerda e na formação em faixa que se distingue abaixo à direita do centro. (Cortesia A. Tayfun Oner)

A Faixa
Esta vista de Miranda mostra detalhes com 600 metros de lado. Foi obtida pela Voyager 2 em 24 de Janeiro de 1986. Representa uma vista de perto da faixa que mostra as cavidades claras e escuras com os limites aguçados. Em cima à direita vê-se uma região de terreno escuro cavado uniformemente. A área mostrada tem cerca de 150 quilómetros (93 milhas) de lado. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

Mapa Polar Estereográfico de Miranda
Esta imagem é um mapa polar estereográfico do hemisfério sul de Miranda. A latitude zero graus é em cima. (Cortesia A. Tayfun Oner)

Mapa Cilíndrico de Miranda
Esta imagem é um mapa da projecção cilíndrica simples de Miranda. A longitude zero graus é no centro e 1 pixel equivale a 1 quilómetro no equador. (Cortesia A. Tayfun Oner)

Mosaico em Alta Resolução
Este mosaico de Miranda criado por computador inclui muitas das imagens em alta resolução obtidas pela Voyager 2 durante a sua aproximação com a lua urânica. Miranda, com aproximadamente 500 quilómetros (300 milhas) de diâmetro, mostra diversas proveniências geológicas, vistas neste mosaico de imagens de pequena angular e filtro claro obtidas em 24 de Janeiro de 1986. As imagens foram obtidas de distâncias de 30,160 a 40,310 quilómetros (18,730 a 25,030 milhas); a resolução varia de 560 a 740 metros (1,840 a 2,430 pés). Estas estão entre as fotos de maior resolução que a Voyager obteve de qualquer dos novos 'mundos' que encontrou durante a sua missão. Em Miranda, cordilheiras e vales de uma proveniência estão imediatamente juntos aos limites do terreno com outra proveniência. Cordilheiras provavelmente comprimidas (uma contra a outra) são vistas nos padrões curvilíneos, tal como muitas falhas afastadas. Algumas mostram escarpas muito grandes, ou montes, variando de 0.5 a 5 quilómetros (0.3 a 3 milhas) em altura -- isto é, maiores do que as paredes do Grand Canyon na Terra. (Cortesia NASA/JPL)

A Grande Falha em Alta Resolução
Esta imagem de Miranda em alta resolução foi obtida pela Voyager 2 em 24 de Janeiro de 1986, quando a sonda estava a 36,250 quilómetros (22,500 milhas) da lua urânica. Nesta imagem em pequena angular e filtro claro, Miranda mostra uma superfície dramaticamente variada. Bem nítidas nesta resolução de 660 metros (2,160 pés) estão numerosas cordilheiras e vales -- uma topografia que foi provavelmente produzida por forças tectónicas de compressão. Atravessando as cordilheiras e vales estão muitas falhas. Vê-se a maior escarpa da falha, ou penhasco, abaixo e à direita do centro; mostra ranhuras provavelmente feitas pelo contacto dos blocos da falha quando estes roçavam um contra o outro. O movimento de descida dos blocos é evidenciado pela distância entre as cordilheiras. A falha pode ter 5 quilómetros (3 milhas) de altura, ou seja, mais do que as paredes do Grand Canyon na Terra. (Cortesia NASA/JPL)

Fracturas, Ranhuras e Crateras
Esta imagem de Miranda foi obtida pela Voyager 2 em 24 de Janeiro de l986, de uma distância de cerca de 31,000 quilómetros (19,000 milhas), pouco antes da maior aproximação da sonda à lua de Úrano. A alta resolução de 600 metros (2,000 pés) revela uma confusa variedade de fracturas, ranhuras e crateras, tal como formações de albedos diferentes. Esta vista de pequena angular e filtro claro inclui áreas de terreno antigo com muitas crateras com uma grande variedade de formatos. As ranhuras e depósitos atingem profundidades de poucos quilómetros (ou milhas) e expõem matérias de albedo diferente. A grande variedade das direcções dos depósitos de areia nas fracturas, e as diferentes densidades de crateras de impacto, significam uma evolução geológica longa e complexa deste satélite. (Cortesia NASA/JPL)

 

HOME Úrano Puck Ariel HOST

 

Copyright © 1997-1999 por Calvin J. Hamilton. Todos os direitos reservados.
Traduzido para português por Fernando Dias, e-mail: vss@netcabo.pt.