Orbitais de Vénus da URSS
Cortesia do Centro Nacional de Dados Científicos Espaciais da NASA
Data de Lançamento da Venera 15: 1983-06-02
Data de Lançamento da Venera 16: 1983-06-07
As duas naves espaciais eram idênticas e foram baseadas em modificações às partes orbitais das sondas Venera 9 e 14. Cada nave espacial consistia num radar de abertura sintética (SAR) e um rádio-altímetro. Cada nave espacial estava numa órbita aproximadamente polar com um periapsis a 62°N de latitude. Juntas, as duas naves espaciais obtiveram imagens da área desde o polo norte até aproximadamente 30°N de latitude durante os 8 meses de operação. Em Junho de 1984, Vénus estava numa conjunção superior e passou por trás do Sol, visto da Terra. Não foram possíveis transmissões, por isso a órbita da Venera 16 foi rodada de 20° nesta altura para obter os mapas das áreas em falta durante este período.
No modo SAR, a antena transmitia uma sequência codificada de 127 impulsos, cada um com a duração de 1.54 microsegundos. Depois da transmissão, a antena era comutada para o receptor, que registava a reflecção dos impulsos de radar da superfície durante um período de 3.9 msec. Depois do processamento a bordo com um sistema digital automático de controlo de ganho, os resultados eram guardados numa área intermédia de memória até a imagem de radar ficar completa. Cada imagem de radar (uma por órbita) cobria uma faixa da superfície com cerca de 120 quilómetros (75 milhas) de largura e 7,500 quilómetros (4,660 milhas) de comprimento e demorava cerca de 16 minutos a ser desenhada. Os dados eram então transferidos para a unidade de armazenamento de dados a bordo, para depois serem transmitidos para Terra. As amplitudes dos sinais reflectidos eram processados em Terra para corrigir efeitos atmosféricos, geométricos e orbitais, e dar imagens representando o declive, a aspereza e a emissividade da superfície de Vénus.
As naves espaciais Venera estiveram numa órbita polar venusiana de 24 horas, com um apsis de 1,000 quilómetros (62 milhas) acima do polo norte. O sistema de desenho de mapa por radar iria tipicamente iniciar a uma latitude de 80° no lado mais próximo do polo e continuar até uma latitude de 30° N. Durante a órbita, Vénus iria rodar no seu eixo por 1.5°, por isso a próxima obtenção de dados para desenho do mapa iria cobrir parcialmente a anterior. O desenho do mapa continuava durante uma rotação completa de Vénus, e cobria 115 milhões de quilómetros quadrados (44 milhões de milhas), cerca de 25 por cento da superfície de Vénus.
No modo altímetro, a antena transmitia um código sequencial de 31 impulsos, cada um com a duração de 1.54 microsegundos. Após a transmissão, a antena era comutada para o receptor, que registava os impulsos do radar reflectidos da superfície durante um período de 0.67 milisegundos. Depois do processamento a bordo, os resultados eram guardados na memória intermédia até a órbita ser completada. Os dados eram então transferidos para o sistema de armazenamento digital a bordo para posterior retransmissão para Terra. Os dados eram processados em Terra para corrigir os efeitos atmosféricos, geométricos e orbitais e davam as altitudes da superfície de Vénus.
O altímetro tipicamente começava a uma latitude de 80° ao aproximar-se do polo e continuava até uma latitude de 30°N. As medições de altimetria eram feitas a cada 2.5 quilómetros (1.5 milhas) ao longo do percurso de voo, e tinham uma resolução vertical de 230 metros (755 pés). Durante a órbita, Vénus roda no seu eixo 1.5°, por isso a medição seguinte de altimetria iria parcialmente cobrir a anterior. As medições continuavam durante uma rotação completa de Vénus, e cobriam 115 milhões de quilómetros quadrados (44 milhões de milhas), cerca de 25% da superfície.