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Em algumas missões do vai-vem espacial, existem oportunidades para que os observadores nos Estados Unidos e no Hawaii vejam a nave espacial voar por cima deles. Para determinar se a nave estará a voar ao alcance visual, necessitará de três objectos. O primeiro é o "SPARK", Conjunto para Predição e Reconhecimento do Vai-Vem (Shuttle Prediction and Recognition Kit). O segundo item é uma tabela das missões do vai-vem espacial (Space Shuttle Mission Chart), que é um mapa de projecção Mercator do mundo com a órbita da nave sobreposta à superfície da Terra.
A terceira ferramenta é a localização do seu ponto de observação em latitude e longitude, que pode obter da tabela das missões ou, mais precisamente, de um mapa da área local. Estes materiais e informação devem ser obtidos umas semanas antes da data prevista para o lançamento. Quando esta data for definida, planeie a observação do lançamento na televisão. Se tiver um cronómetro, inicie-o no momento do lançamento ("T-0" ou "Lift-off"). O relógio terá o "Tempo já Passado da Missão", ou "TPM" (Mission Elapsed Time, MET). Se não iniciar o relógio para o TPM, pode fazer a conversão do TPM para a hora local desde que saiba o momento em que o vai-vem levantou. Os lançamentos são muitas vezes atrasados, por isso talvez não possa utilizar a data e hora prevista para o lançamento.
Quando o vai-vem já está no seu caminho, obtenha as horas do nascer e do pôr-do-Sol para os dias em que dura a missão. As missões podem durar desde 4 dias até um mês. Agora tem todo o material necessário para determinar se a nave voa por cima de si e se será visível.
Os observadores a sul de 28.5° norte de latitude estão dentro da faixa sobrevoada por todos os voos do vai-vem. Os vai-vem são lançados do Centro Espacial Kennedy (Kennedy Space Center), na Florida, que está na latitude de 28.5° norte. Isto significa que para a maior parte das missões o caminho da nave é um círculo à volta da Terra que está inclinado de 28.5° em relação ao equador da Terra. Os obsevadores a mais do que um pouco a norte dos 28.5° não poderão ver a nave. Ela nunca passará por cima da sua localização.
Mas para algumas missões a "inclinação orbital" vai até aos 57°, o que significa que quem estiver na faixa entre 57° norte e sul do equador poderá observar o vai-vem. Por causa da altura da órbita do vai-vem, quase todos os pontos nesta faixa, e até alguns graus a norte e a sul, estarão dentro do campo de visão da nave para observadores terrestres.
Mas mesmo que a nave esteja directamente por cima, só a poderá ver directamente nas condições certas. Estas condições só existem se a nave estiver iluminada pela luz do Sol num céu escuro. Isto só ocorre antes do amanhecer e depois do anoitecer. A luz do Sol ilumina o céu acima de nós antes do amanhecer e depois do pôr-do-Sol. Os picos das montanhas e as nuvens altas capturam a luz do Sol depois deste cair abaixo do horizonte nas áreas baixas.
Na altitude do Vai-vem a cerca de duas centenas de milhas (320 km) acima da superfície da Terra, o céu terá alguma luz solar durante duas horas antes do nascer do Sol e depois do pôr-do-Sol. O SPARK mostra-lhe como calcular quando consegue ver o vai-vem. Pode também calcular quando os astronautas podem ver a sua comunidade, em órbita durante as passagens de dia!
Os SPARKs e as tabelas das missões (Space Shuttle Mission Planning Charts) poderão ser-lhe enviadas se escrever, em papel timbrado escolar, para:
SPARK
AP4
NASA Johnson Space Center
Houston TX 77058
Estados Unidos da América
Muitas ilustrações do percurso de voo do Vai-vem Espacial exageram muito a altitude da nave. Para dar aos estudantes uma imagem verdadeira da relação entre a órbita e a Terra, use uma régua de papel para medir aproximadamente 320 quilómetros (200 milhas) na superfície de um globo. As distâncias entre localidades ou pontos conhecidos locais impressionarão as crianças. Coloque então a régua prependicular ao globo de forma a mostrar a altitude. Verá que a órbita do Vai-Vem quase roça o globo. Note também que a nossa atmosfera tem menos de um quarto dessa altura!
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